25.1.07

Castelos de areia

Pintura em vidro
64 x 84 cm - 300 €



Na praia, crianças e adultos brincam à volta de um punhado de areia. Constroem muralhas e torres, pontes e túneis, com o objectivo de desafiarem o mar a entrar no seu território. Pás e baldes dão cor ao frenético e urgente trabalho de construção, enquanto que no vaivém das ondas o mar tenta apagar da sua margem o empenho e sonho de cada criança.

17.1.07

Por mares... Por terras...

Pintura em vidro

60 x 110 cm

A imensidão de azul leva-nos por mares, por terras, pelo desconhecido, pelo mistério, pela aventura, pela descoberta. Azul-céu, azul-mar, azul-celeste, azul-turquesa, esmeralda, rubi, safira, ágata; pedras novas, pedras preciosas, pedras trazidas em bolsas de couro ou em caixas de madeira, no fundo do porão ou na bolsa pessoal de um qualquer capitão. Barcas, caravelas, naus, as velas estão içadas para se fazerem ao mar, embaladas pelo canto do vento que as empurra e puxa por léguas e mais léguas de imensidão.
O rendilhado no quadro revive os traços marcados nos mapas e nas cartas náuticas antigas, numa tentativa de orientação, por vezes milagrosa, perante bússolas, quadrantes ou astrolábios que indicavam para um lado mas cuja vontade do vento enviava para outro.
Apesar de todas as dificuldades, os homens não desistiam e as embarcações continuavam na busca de mundos novos, novos povos, novas culturas, novos produtos, que tanto encantaram navegadores e reis, plebeus e nobres, clero e militares.
A separação do azul com os tons quentes de terra demarca a chegada a novos continentes, a novos horizontes. A ondulação criada provoca movimento, dando ritmo à cena representada. A ausência de cor é a emoção da descoberta, a ânsia do conhecimento, a alegria do dever cumprido. Esta “não-cor” é a separação entre aquilo que conhecemos e o que é novo, o nosso mundo e o mundo deles, o nosso barco e a terra já ali, nova, pura, à espera de ser pisada por estrangeiros, aventureiros e colonizadores… nós!
Nestas terras de cor ocre, amarelo-torrado, alaranjado-seco, castanho-sujo, descobrimos muita terra, muitos povos, muitas culturas, muitas tradições, muitos comércios, muitos produtos… canela, gengibre, pimenta, noz-moscada, seda, açúcar, ouro… Uma riqueza de sabores e de cores que soubemos inserir no nosso dia-a-dia, enriquecendo a nossa cultura.

Este quadro é tributo aos nossos navegadores, que, perante todas as dificuldades da época, percorreram mares e oceanos na busca de novos mundos, novos povos, novos produtos. Uma homenagem a estes homens que pela sua dedicação, coragem, destreza e gosto pela aventura ao içarem as velas das suas embarcações, alargaram os nossos horizontes.